A Guerra dos Seis Dias foi o último tijolo que completou o muro de ódio em meu coração contra os judeus. Mas este muro não foi construído em um dia (ou seis). O alicerce foi feito desde quando era muito pequeno, através de um livro chamado o Alcorão. Mark Gabriel
O autor da citação acima memorizou todo o Alcorão aos doze anos. Filho de uma família com boa condição social, ele pode prosseguir nos estudos, vindo a doutorar-se em história e cultura islâmicas com especialização em Islã e em terrorismo. Viveu no Islã por trinta e quatro anos, tendo sido professor na Universidade Al-Azhar, a mais respeitada e reverenciada do mundo árabe de tradição islâmica.
Ele conta que em sua sala, em uma madrasa, havia cerca de quarenta e cinco meninos.
Dos seis aos doze anos, tive de memorizar duas páginas por dia. E tinha de fazê-lo antes do sol raiar. Todo dia na escola, recitava para meu professor o que memorizara no dia anterior.
Um aluno que não conseguisse recitar a passagem nova geralmente apanhava. Para a surra, o aluno era obrigado a se sentar em uma cadeira e tirar os sapatos e meias. Um dos assistentes do instrutor amarrava as pernas na altura dos tornozelos, deixando-os firmemente juntos. Então, levantava as pernas do aluno até ficarem totalmente esticadas, perpendiculares ao corpo. O instrutor, assim, batia nas solas dos pés com um ramo grosso de palmeira verde, fresco e recém colhido. Como dói! ― e eu fazia de tudo para não apanhar. (1)
Preocupa-me muito a situação dessas madrasas, pela quantidade de alunos recrutados e pelas condições oferecidas em seu ambiente. Considere a estimativa de 40 milhões de alunos!
O professor Mochtar Buchori, pensador ligado à educação e membro do parlamento indonésio pelo Partido Democrático confirma a escassez de professores nas madrasas para disciplinas como inglês, matemática e ciências naturais. No nível aliyah (equivalente ao fundamental avançado), existem em todo o país 661.104 alunos, dos quais 286.308 (43,31%) estão matriculados numa madrasa estatal. O restante, 374.796 alunos (56,70%), estão matriculados em madrasas particulares, financiadas por entidades e milionários ligados à indústria petroleira.
Para atender a esse número de alunos em regime aliyah existem apenas 831 professores de inglês, 852 professores de matemática, 731 professores de física, 425 professores de química, e 480 professores de biologia. Isso significa que, tomado como um todo, a relação professor-aluno é deficitária. Cada professor tem que servir 795 alunos em inglês, 776 estudantes em matemática, 914 alunos em física, 1.555 alunos em química e 1.377 estudantes de biologia. Essas são apenas as estatísticas. A realidade é pior, já que muitas madrasas não têm professores qualificados para essas disciplinas. Com este tipo de condição, como podem os alunos ter uma instrução que leve a uma visão saudável da vida e a um equilíbrio entre a compreensão das exigências da vida neste mundo e os de vida no futuro?
Todos estes fatos e números se resumem a uma coisa: a saber, que em geral esses estudantes permanecerão desequilibrados em sua educação, se manterão desequilibrados em sua atitude perante a vida e permanecerão analfabetos ou semianalfabetos em assuntos relacionados à ciência e tecnologia. Se este tipo de condição irá levá-los a um fundamentalismo radical depende das circunstâncias que existem no seu ambiente educacional. (2)
Há madrasas sendo abertas nos Estados Unidos e em outras nações ocidentais. (3)
(1) GABRIEL, Mark. O islã e os judeus. Belo Horizonte: Dynamus, s/d, p. 36.
(2) Extraído de http://www.hvk.org/articles/0802/66.html em 29.02.2012.
(3) RICHARDSON, Segredos do Alcorão. Camanducaia: Missão Horizontes, 2007, p. 65.
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