Há ambientes que nos fazem mal. Há locais de trabalho cuja atmosfera é pesada, cheia de rivalidades. Há vizinhança que nos fazem mal; moradores desequilibrados, famílias desestruturadas, mal educadas e pirracentas.
Mas há pouco descobri também haver igrejas nocivas, igrejas cujo ambiente faz mal, adoece em vez de curar, faz-nos pecar em vez de promover a santidade.
Sei de um irmão que no domingo a noite foi com sua família ao culto, como de costume, para alimentar a sua alma, ouvir a Palavra e adorar àquele que o salvou. Ele cantou os hinos, louvou animadamente, adorou ao Senhor e criou expectativa de ouvir na mensagem uma palavra que nutrisse a sua alma, que desafiasse o seu espírito a alinhar-se à vontade de Deus.
No que dependeu dele, as coisas seguiram como esperado, mas na hora da mensagem a decepção não foi pequena. A pessoa convidada para trazer a palavra sequer leu a Bíblia, seguindo um roteiro de autoajuda tal qual esses palestrantes motovacionais que as empresas contratam para energizar suas equipes de profissionais de vendas. Vez ou outra uma citação da Bíblia, nada que esses palestrantes também não estejam familiarizados.
O irmão seguiu firme acreditando que em meio a verborragia, mesmo assim, o Senhor poderia falar. Até que no final da longa palestra, mais de uma hora depois do inicio, o golpe fatal. Novamente o velho jargão do "deus revelou que tantas pessoas aqui darão...". Você já deve ter ouvido isso.
O que você faria? Há muitas pessoas que toleram, outras saem para voltar em outro culto, alguns ficam, mesmo resmungando e, claro, há aqueles que acreditam, e apostam na revelação.
O que fazer quando o culto é transformado em uma consulta financeira? Se o pregador opta por tornar-se personal consulting em finanças, vale a pela segui-lo? O que fazer quando o templo é transformado em consultoria de negócios, em assessoria para quem só quer prosperar mas não quer mudar de vida? O que o irmão deve fazer se o ambiente da igreja o levar a pecar com as observações que faz em vez de levá-lo a sair do culto com espírito consolado?
Cada pessoa terá uma reação diferente diante de uma situação como essa. Há quem tenha mais "estômago" e suporte melhor; outros esgotam-se e perdem a paciência. Mas em todos os casos é triste saber que pessoas que vão à igreja para ouvir a Palavra de Deus sejam obrigadas a suportar um discurso pobre, de gente gananciosa que não entende nem do que fala (como disse o apóstolo Paulo).
O irmão em questão disse que não voltaria mais àquela igreja. E ele tem razão. Faz mal freqüentar ambientes nocivos, tanto à saúde espiritual quando física.
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