sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

História e Teologia da Evangelização

Resgatando os fundamentos bíblico-teológicos para a prática do ministério de evangelização da Igreja contemporânea


A evangelização é uma marca da igreja. No Pentecostes, logo se deu início à evangelização dos povos. A tarefa evangelística perdurará até a consumação dos séculos, pois é tarefa que promove a vida e expansão da igreja. Contudo, precisa ser norteada por princípios teológicos e bíblicos.

Hoje, com raras exceções, a evangelização não está sendo dirigida pela teologia bíblica, mas por metodologias, muitas delas seculares. Isso tem acarretado sérias consequências à expansão do reino, visto que o tipo de evangelismo praticado não tem como fundamento o conteúdo bíblico-teológico, e sim as técnicas.

Assim, o autor, Pr. Fábio Henrique de Jesus Caetano, faz uma inédita e profunda pesquisa em língua portuguesa sobre a história da evangelização como também de sua teologia, e apresenta a sua obra que, certamente, irá reacender o ardor pelo ministério da evangelização com orientação e fundamentos corretos.

Contando ainda com prefácio do Rev. Hernandes Dias Lopes, a obra torna-se leitura obrigatória nas igrejas e seminários e por todo aquele que está envolvido com a tarefa urgente e sublime de ganhar almas.

Sobre o autor: Bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano, Rev. Denoel Nicodemos Eller (Belo Horizonte, MG). Fez Validação na Universidade Presbiteriana Mackenzie, SP. Casado com Patricia, pai de Dyana e José Henrique. Pastor auxiliar do Rev. Hernandes Dias Lopes, na Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória, ES.

Peça o seu exemplar pelo email editora@arteeditorial.com.br

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Elementos essenciais para o educador cristão


Findley B. Edge (1916-2002), autor de vários livros na área da educação cristã, realizou certa vez uma pesquisa entre aproximadamente mil professores de Escola Dominical, propondo a todos a mesma pergunta: “O que mais o impressionou em sua experiência de Escola Dominical, antes de tornar-se professor?” Quase 88% responderam: “Um professor”.


Por isso a preocupação em apresentar esta obra de forma a contribuir com a reflexão e a melhoria do professor no que tange a:

- sua compreensão de educação e educação cristã

- como o professor pode capacitar-se

- como melhorar a apresentação de suas aulas

- qual o método de ensino que melhor adapta-se ao seu estilo

O conteúdo aqui disponível não é mera teorização ou colagem de definições já existentes, mas fruto de sua própria experiência acadêmica e prática em cursos de treinamento para professores, ministrados em várias igrejas evangélicas e instituições religiosas.

Assim, Elementos essenciais para o educador cristão pode colocar nas mãos de cristãos comuns que amam o ensino da Palavra de Deus, um material simples e que os leve a refletir sobre algumas questões essenciais que envolvem a todo educador cristão.

Este não é um simples livro, já que seu autor ensina efetivamente há mais de 20 anos em EBD, cursos de treinamento para professores em igrejas e instituições religiosas. Não é qualquer autor que reúne experiência com conteúdo como o Rev. Gildásio Reis. Além disso, ele possui vasta formação acadêmica.


Este livro deve ser lido por professores de Escolas Bíblicas, mas também é útil para professores de cursos de teologia, palestrantes que precisam conhecer e renovar técnicas de pedagogia e mesmo pastores.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Era vidro e se quebrou...

O Novo Testamento usa metáforas para demonstrar os vários aspectos do cristão e da Igreja. Corpo, lavoura, povo, casa, templo sacerdócio entre outras. O mesmo Novo Testamento resgata princípios do Antigo Testamento, da prática judaica de vida em comunidade, que são ou fazem parte do relacionamento homem/Deus. Afinal, foi ao povo judeu que Deus primeiramente revelou-se e lançou algumas diretrizes para o nosso relacionamento com a divindade.


Embora os judeus, na sua maioria, não tivessem uma compreensão clara sobre a esperança da salvação – ainda que alguns personagens do AT escrevessem sobre tal esperança – no Novo Testamento temos não só a esperança como coluna da fé cristã como também a segurança no destino eterno do cristão. “Mas Deus o ressuscitou dos mortos, e, por muitos dias, foi visto... Eles agora são testemunhas dele para o povo. ‘Nós lhes anunciamos... o que Deus prometeu a nossos antepassados ele cumpriu para nós, seus filhos, ressuscitando Jesus, como está escrito no Salmo segundo...’.” (At 13.30-33, entre outras).

A segurança da salvação pela graça é, para o cristão, algo sólido, seguro e a esperança de estar com Jesus no fim dos dias é firme e inabalável.

David Allen Bledsoe, pesquisador do neopentecostalismo, em sua tese de doutorado apresentada na Universidade da África do Sul, em Pretória (2010), cujo resumo li na Ultimato (ed. 328) constata que o neopentecostal não desfruta dessa que é uma das mais benditas pilastras do cristianismo: a segurança na vida eterna com Jesus. E como poderá aprender isto, se uma pesquisa feita no Brasil revelou que 50,68% dos pastores nunca leram a Bíblia uma única vez? O que ensinarão, se não aprenderam?

Assim, o neopentecostal vive como um kardecista, na insegurança de que pode, com todos os seus esforços, deixar passar a oportunidade de “purgar” seus pecados nesta vida.

Da mesma forma, o neopentecostal vive como um religioso oriental, um budista por exemplo, que irá passar os seus anos de existência à procura de um equilíbrio entre o espiritual e o físico – e a balança do neopentecostal tenderá sempre para o material, notadamente o financeiro.

Igualmente o neopentecostal viverá seus dias na terra como o católico, que imagina poder recorrer aos benefícios de um santo intercessor ou de um purgatório imaginário, ansiando que alguém acenda uma vela de sete dias para iluminar a sua alma após deixar este corpo – que no seu caso não é templo, mas uma casa de vidro, cuja segurança é instável e a proteção que oferece é bastante vulnerável.

Coitado do crente como esse. Que aflição deve ser acordar sob o céu de um deus que os deixa aflitos, inseguros e temerosos. Chega a ser cruel um deus assim. Se for preciso apontar algumas das principais diferenças do cristianismo em relação às demais religiões, eu apontaria a segurança na vida futura com o Senhor Jesus: “Queremos que cada um de vocês mostre essa mesma prontidão até o fim, para que tenham a plena certeza da esperança, de modo que vocês não se tornem negligentes, mas imitem aqueles que, por meio da fé e da paciência, recebem a herança prometida.” (Hb 6.11,12)

Quem constrói a sua casa sobre a rocha, como recomendou Jesus, não é derrubado quando vêm os ventos e tempestades. Do contrário, sua fé e vida cristã dão solidez nos momentos quando alguma crise chegar. E ela sempre chega. Se sua casa foi feita num fundamento de vidro, pode esperar: ela irá cair, pois o fundamento não é bom.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Não creio em ateus. Ateus não existem.

Já faz um tempo que tenho refletido sobre a questão do ateísmo. Claro, todos pensamos nisso em algum momento. Como pode alguém “chegar à conclusão” de que não há Deus? (Sl 42.3,10) Isso, sim, é que não existe, ou seja, a conclusão de que Ele não existe. Até Antony Flew, um dos pais do moderno “ateísmo”, concluiu, pouco antes de sua morte, que a pesquisa sobre o DNA “mostrou, em vista da complexidade quase inacreditável dos arranjos necessários para a produção de vida, que inteligência foi envolvida no processo” (Um ateu garante: Deus existe, Ediouro, ênfase acrescentada). E como ele, sabemos de muitos outros “ex-ateus” que à beira do precipício, renderam-se.


Mas a minha descrença no ateísmo não parte da religiosidade inata – nos humanos também. Não parte das minhas reflexões e racionalizações. Já publiquei um livro que lida com a questão “religião versus” ou “religião & ciência” (Ciência e Fatos Bíblicos, Dynamus, 2ª ed., 2004), onde demonstro as leis, os fatos e as descobertas da própria ciência que atestam, com as ferramentas da ciência, a veracidade do relato bíblico. Ditos ateus e religiosos, ambos têm fortes argumentos “irrefutáveis” em causa própria.

Mas o caso não é esse, já que a questão não são os fatos e as narrativas primordialmente, mas o próprio Deus. O dito ateu não deve ter dificuldade em crer no Jesus histórico, ou no movimento dos hebreus rumo à palestina, nem na existência da arca da aliança. O dito ateu é aquele que não crê na existência de Deus, mas pode admitir que relatos bíblicos são verificáveis. Do contrário, seria irracionalidade sua, pois a Bíblia lida com lugares, nomes, posições geográficas, datas históricas, além da documentação arqueológica, histórica, linguística, antropológica e muitas outras. Há ditos ateus escavando sítios arqueológicos orientados pelos relatos das Escrituras judaico cristãs. Ponto.

A questão do ateísmo é outra. Ele refuta a existência de Deus. Mas não há provas da existência de Deus, como igualmente não há provas da sua inexistência! Todo dito ateu que seja razoável concorda aqui como nós religiosos também. Verificam-se, então, as evidências. A discussão toda se mantém no campo das evidências e na refutação das mesmas, de ambos os lados.

Uma campanha da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA), que seria veiculada em ônibus de Porto Alegre e Salvador – e que foi suspensa – traria a discussão para o campo errado. Os cartazes continham frases como “Religião não define caráter” e “A fé não dá respostas. Ela só impede perguntas”. Note que as próprias frases não são um ataque a Deus e sua existência, mas claramente uma manifestação preconceituosa e discriminatória contra a religião e a fé. Essa campanha existe em países da Europa, como Inglaterra e Espanha, e também nos Estados Unidos.

As frases, a meu ver, são medíocres, não têm sentido lógico. Do ponto de vista dito ateu, ou mesmo da perspectiva científica, não são passíveis de comprovação. Do ponto de vista teológico elas são uma farsa. Religião não define caráter, mas Deus define; e mais, a fé faz perguntas, sim, por um sujeito com o qual dialoga por meio de sua Palavra. Qualquer cristão com conhecimento básico em teologia poderia refutá-las.

Além do mais, as frases demonstrariam, caso viessem à público, um imperdoável desconhecimento da história. Dizer que Johannes Kepler não fazia perguntas porque tinha fé! Foi ele quem disse que o cientista que estuda a natureza “está pensando os pensamentos de Deus depois dele”. Blaise Pascal não fazia perguntas porque tinha fé! Ele afirmou que “a fé nos diz o que os sentidos não percebem, mas em contradizer suas percepções. Ela apenas transcende, sem contradizer”. E Isaac Newton? Sobre a incredulidade, saiu-se com essa: “O ateísmo é completamente sem sentido. Quando olho para o sistema solar, vejo a terra na distância correta do sol para receber a quantidade de luz e calor apropriadas. Isso não aconteceu por acaso.” Sorte dos ditos ateus que a campanha foi rejeitada a tempo.

Então, não preciso discorrer sobre o conteúdo das frases, mas quero evocar o texto de Eclesiastes, que diz: “Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade...” (Ec 3.11). Esse texto da versão NVI traz “eternidade”, tradução de um termo hebraico que significa “para sempre”. Algumas versões trazem “mundo”, mas literalmente a tradução é “para sempre”. O texto diz que há, inato no ser humano, o desejo, o anseio, a vocação para o tempo futuro, eterno, para sempre.

O homem é um ser que vive o presente, movido pelas experiências do passado procurando resolver os enigmas do futuro. Sempre foi assim. Nossa preocupação tem sido o amanhã. A ansiedade, patologia que afeta a milhões no mundo, resulta incerteza sobre o amanhã, sobre o futuro. O passado, tendo sido bom ou mal, influencia as nossas decisões hoje, quando procuramos a melhoria nas próximas ações e decisões a serem tomadas – no futuro. O homem é um ser voltado para o futuro. Assim, negar a existência de Deus pode ser reflexo de um trauma ou frustração passada que desemboca em uma rejeição e negação do futuro e de tudo o que ele reserva. E, se o futuro é estar com Deus (ou separado dele), o reflexo do passado implica na rejeição de qualquer compromisso com o “estar com Ele” (ou “para sempre” separado dele).

Sartre, Camus e outros ateístas humanistas ensinavam que somos fruto do acaso, diziam que a humanidade foi empurrada para dentro da existência sem qualquer conhecimento de suas origens: empurrados por quem? Diziam viver a tragédia humana, o absurdo, e que o suicídio como solução final era a questão a ser considerada. Assim, penso, o suicídio para eles e seus seguidores era uma tentativa de rompimento com um futuro admitidamente “sem Deus”, uma manobra para driblar Deus vindo ao seu encontro no futuro. Era um atalho para não entrar no Caminho.

Se, como escreveu o sábio Salomão, Deus colocou “no coração do homem o anseio pela eternidade”, então como fugir dessa condição e destino? A eternidade é, então, uma metonímia que pode ser substituída por Deus. O homem veio de Deus e Deus colocou em seu coração o desejo de retornar para Ele. Se “fomos empurrados” para dentro da existência – como queria Sartre – ao sairmos dela voltamos para a origem, voltamos para Deus. Como livrar-se dessa condição inata? Não há como! Rejeitar a existência de Deus – diga-se de passagem, um Deus eterno e que Ele mesmo se encontra na eternidade – é um paliativo simplista demais, equivocado certamente, reducionismo.

Dizer “não creio em Deus” é puro discurso, palavrório de quem anda na contramão porque quer chamar a atenção. Não creio nisso. É polemização, tão somente, que leva a pessoa a construir um estilo de vida e uma maneira de pensar que com o tempo aparenta – a ela e aos outros – que realmente crê naquilo que prega. Em psicologia isso é chamado sublimação.

Não posso crer em ateus dessa forma. Ateus não existem.