“Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apóie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas.” (Pv 3.5,6)
Você já parou para pensar sobre a validade e a importância deste versículo? E mais: já imaginou como seria a sua aplicação em nossos dias, tão marcados pela desconfiança?
O que é confiar da perspectiva que a Bíblia apresenta? É preciso definir. Confiar, no ambiente cristão, é um imperativo afirmativo. Segundo os nossos dicionários, confiar é ter confiança; fiar; ter fé; acreditar; pôr esperança em.
No texto lido de Provérbios, confiar é um mandamento, não uma opção. É preciso, portanto, assentar bases sólidas para haver confiança.
O texto não propõe uma confiança RACIONAL, no MEU entendimento, mas RACIONAL e EMOCIONALMENTE, “no Senhor”. O centro e alicerce da Igreja é o Senhor. As vias de tal confiança, no entanto, não são as da razão, mas do coração.
Por outro lado, Paulo (Rm 12.1,2) fala do “culto racional” como meio de provar a vontade de Deus em nosso favor, “amoldar-se”.
Como é o meu “entendimento racional” conforme a Bíblia o descreve? Nós não temos entendimento à altura das coisas de Deus; nós não compreendemos as coisas do alto como elas realmente são. Então surgiria a dúvida se a Bíblia incentiva a fé cega. Sim ou não? Não. – Mas como, se não entendo à altura e mesmo assim devo confiar? Quais as bases dessa confiança?
A fé bíblica e cristã, apóia-se em evidências, em testemunho e nos resultados. O texto de Provérbios diz: “Ele endireita as suas veredas” (v. 6b). Quando Jesus chama os apóstolos pescadores às margens do Mar da Galileia, ele já era um pregador conhecido e um operador de milagres famoso na região. Eles abandonaram imediatamente suas redes não para seguirem cegamente um pregador eloquente, mas porque Jesus era alguém de quem já tinham testemunho e conhecimento. Por isso eles abandonaram tudo para segui-lo.
Por outro lado, a Bíblia não incentiva ninguém a confiar “no Salvador” apenas, mas a confiança deve ser depositada “no Senhor”. Não é a mesma coisa? Não, exatamente. Quem tem a Jesus somente como Salvador, normalmente não tem a vida em ordem. É preciso reconhecê-lo como Senhor de nossas vidas em cada um de seus aspectos. Os nomes revelados de Deus revelam aspectos daquilo que fez e deixou como exemplo a ser seguido.
Ele é Senhor em que áreas? Onde? “Em todos os teus caminhos”, responde o texto. A aplicação do senhorio de Jesus em nossas vidas porá em “ordem todos os meus caminhos”.
Em Colossenses 3.18-24 vemos que Paulo fala de “todos os caminhos” ou todas as áreas de convivência humana e finalmente prorrompe num “tudo o que fizerem, façam como ao Senhor”. Só assim cada um de nós verá o que, “pela fé”, confiamos que seria feito ou que aconteceria quando submetemos nossa vida “ao Senhor”.
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