Um pensador cristão, como um autor, um estudioso ou um pastor e pregador, aqueles que usam a palavra em alguma de suas ocorrências (pensada, escrita, falada) faz cálculos usando letras em vez de números.
Aqueles que pensam, escrevem ou falam ficção, não fazem teologia. Teologia não é ficção. A vida cristã é “pela fé”, e fé também não é ficção. Fé é esperança e também e prova, fundamento. Pise com força no chão e veja como ele é firme: assim é a fé para aquele que crê (Hb 11.1). O chão onde o crente pisa é firme, seguro.
A fé do cristão o leva a perscrutar as Escrituras, pois elas, sendo o Verbo, são também a expressão exata do ser de Deus. As Escrituras não tentam provar a existência dele, mas paradoxalmente testemunham a seu respeito. As Escrituras são relatos, testemunhos de que homens e mulheres tiveram experiências reais e seguras com o Senhor. Experiências reais não são ficção, são fato.
Assim, envolver-se com o Senhor e com as coisas que ele fez e faz na vida das pessoas é lidar com material real, factível, firme e seguro.
Quando nós mesmos temos experiências com o Senhor podemos pensar nelas, escrever sobre elas e falar sobre elas. Testemunhar. Quando a experiência com o Senhor é confusa ou é desprezada pelo fato do interesse esmorecer ou mesmo desviar-se dele, começamos novas experiências, mudamos os pensamentos, a escrita e a fala. Até que ancoremos noutro porto, não haverá mais segurança e firmeza em nossas palavras. Elas ora dizem uma coisa, ora dizem outra, muitas vezes contraditórias.
Assim é aquele que se cansa das experiências com Deus ou mesmo passa a procurar por novas experiências. Suas palavras ganham em estética mas perdem em ética; assumem um tom poético em favor do mundo mas não teológico em função do seu Criador. Seu texto afasta-se da realidade e aproxima-se da ficção. Fica belo, mas nem sempre crível. Torna-se menos cristão e mais humano. E humanismo é tudo o que não cabe na conta do cristianismo; como também o liberalismo.
Nós, cristãos, não temos liberdade para essas aventuras? Sim, temos liberdade. Não temos – isso sim – é direito de fazer contas teológicas que não fecham, que deixam sobrar dízimas periódicas. Mas a teologia – dirá alguém – não é uma ciência exata. Interpretações distinguem-se umas das outras; dois mil anos de história estão aí para demonstrar. Mas isso não é de todo verdade. Isto é meia verdade.
Quando pensamos, escrevemos e falamos das coisas de Deus, aqueles que verdadeiramente se aproximam mais dele eliminam os excessos, enxugam seus textos, pensam nas mesmas coisas e falam sobre elas. Suas contas fecham sim, pois usam as palavras certas, não os números errados. Ao aproximarem-se de Deus, a exatidão das experiências aumenta na mesma proporção que diminuem as diferenças. Precisamos de mais experiências assim.
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É isso ai pastor, é o que todo cristão que se preze deve buscar - experiências reais com o seu Deus que se revelou pela única/inigualável Palavra!!!
ResponderExcluirGlórias a Ele! Amém!
Abraços
souteologico.blogspot.com