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domingo, 25 de março de 2012

Allah é o nome árabe (ou islâmico) para Jeová?

O Islã vem crescendo, inclusive no Brasil (veja o post anterior), e com isso surgem as primeiras questões sobre pontos de contato próprios da religião. Há vários deles e neste artigo quero tratar de um. Quem não pensou alguma vez que Allah e Jeová são nomes étnicos distintos dados à mesma divindade? Vejamos.

Mohammad nasceu em 570 d.C., na cidade de Meca, na Arábia Saudita. Seu pai morreu antes do seu nascimento e sua mãe deixou-o órfão quando tinha apenas seis anos de idade. Mohammad foi criado pelo avô e depois por um tio. Na adolescência cuidou de rebanhos e viajou com caravanas como condutor de camelos pela Arábia central e Síria. Essas viagens o levaram a ter contato com o Judaísmo e o Cristianismo, religiões monoteístas que contrastavam com o paganismo saudita.

“Os árabes no tempo de Maomé adoravam muitos deuses e o centro de adoração era a Kaaba, em Meca (ainda hoje o lugar mais sagrado do Islã). A Kaaba é uma estrutura de alvenaria que os muçulmanos ortodoxos dizem ter sido construída ou reconstruída por dez vezes”.(1) Dentro dela permanece guardada a Pedra Negra, que dizem ter sido parte do fundamento da casa de Adão. Há versões que dão por certo que a Pedra Negra veio do espaço.

Muçulmanos creem que Abraão tenha construído a Kaaba com o auxílio de Ismael. No tempo de Mohammad, adoravam 360 deuses na Kaaba.(2) Allah era uma destas divindades e o deus protetor da tribo Quraish, da qual Mohammad fazia parte. Durante quatro anos, após o início das visões (segundo as quais o anjo Gabriel começou a revelar o Alcorão), Mohammad proclamou cada vez mais abertamente que Allah era o único deus e que ele próprio era o seu profeta.

Maomé lançou fora os ídolos; o seu deus Alá era o único deus. Mas ele conservou a Kaaba como um lugar sagrado e confirmou o poder da Pedra Negra para remover os pecados do homem.(3)

Em outras palavras, Allah, um dos 360 ídolos da Kaaba que Mohammad excluiu do culto árabe, foi preservado. E a revelação do Alcorão é atribuída a essa entidade que habita a Pedra Negra, para a qual 1,3 bilhão de muçulmanos se inclinam por cinco vezes ao dia. Pela cosmovisão cristã, é o maior culto idólatra de toda a história da humanidade. Nunca houve registro de tamanha mobilização em toda a história da religião, em nenhuma tradição de nenhuma civilização.

Allah, que já existia antes do Islã ter início com as pregações de Mohammad, era representado pela Lua e sua consorte era representada pelo Sol. É possível ver um resquício desses tempos na própria representação islâmica dada na figura do quarto crescente. Bandeiras e outras representações ou mesmo nos minaretes da mesquitas lá está a lua crescente. E qual a explicação para isto? Eles não dão, para não admitir a origem idólatra e a associação de Allah à criação. Fato é que o Deus judaico-cristão nada tem a ver com o culto árabe idólatra que era praticado em Meca. O registro histórico sobre Jeová (Yahweh) tem início com Moisés no Pentateuco e nem em toda a Bíblia há um só registro de que um hebreu tenha ido à Arábia.

O Islamismo segue avançando, confiando que Allah é um deus que habita o Paraíso. Longe disso. Não estranha o gritante descompasso com o Antigo e o Novo Testamento. Não admira o seu conteúdo ser tão estranho à mensagem de Jesus e seus verdadeiros profetas, mesmo que o Alcorão alegue ser a continuidade e a autenticidade da porção judaico-cristã. Não admira que judeus e cristãos do tempo de Mohammad tenham rejeitado peremptoriamente sua mensagem.
As cartas do apóstolo João foram escritas cerca de seiscentos anos antes do Alcorão e já advertiam e precaviam seus leitores para o espírito por trás de manifestações dessa natureza (1Jo 4.1-6).

Compreendo a boa vontade de alguns cristãos em procurar aproximar-se dos muçulmanos usando este artifício, o de tratar-se apenas de nomes diferentes para o mesmo Deus. A aproximação deve ser buscada sim, mas cuidando que as mensagens tão divergentes, vindas de fontes tão distantes, não comprometa a própria compreensão do que temos a dizer.

(1) Marius Baar, O Ocidente na Encruzilhada, p. 54
(2) Mark Gabriel, O Islã e os judeus, p. 73.
(3) Ibidem, p. 55.

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2 comentários:

  1. a história relata que Maomé sofria de ataques epiléticos durante o transe na qual ele dizia receber mensagens de Gabriel. Allah não é Jeovah, Jeovah nunca foi adorado em Meca, nem antes e nem depois da invenção do islamismo.
    Allah é da mesma classe de demônio que Jesus expulsou do menino narrado em Marcos 9:14-29.
    A epilepsia era naqueles tempos considerada como que influenciada pela lua, daí ser o epilético ser chamado de lunático. O símbolo do falso deus Allah é a lua. Portanto, o islamismo é uma religião criada pelo diabo. Querer dizer que o Deus da Bíblia é o mesmo deus do alcorão é uma blasfêmia.

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  2. a história relata que Maomé sofria de ataques epiléticos durante o transe na qual ele dizia receber mensagens de Gabriel. Allah não é Jeovah, Jeovah nunca foi adorado em Meca, nem antes e nem depois da invenção do islamismo.
    Allah é da mesma classe de demônio que Jesus expulsou do menino narrado em Marcos 9:14-29.
    A epilepsia era naqueles tempos considerada como que influenciada pela lua, daí ser o epilético ser chamado de lunático. O símbolo do falso deus Allah é a lua. Portanto, o islamismo é uma religião criada pelo diabo. Querer dizer que o Deus da Bíblia é o mesmo deus do alcorão é uma blasfêmia.

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