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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A ditadura gay (ou a farsa) no SBT

No último dia 10, participei no SBT, da gravação do que foi-me dito "um debate sobre o tema: Homossexualismo, certo ou errado?". Já participei de dezenas de debates em rádios e mesmo na TV, quando os debatedores discutem temas tendo as mesmas oportunidades de falar e ouvir de forma equilibrada. Civilidade, para dizer o mínimo.

Quando a gravação do programa começou eu defenderia minha posição frente a um travesti e a uma lésbica. A situação que já era desigual (dois contra um) ganhou, ainda, a tal da Thammy Gretchen, conhecida lésbica, como "mediadora"; mais três jurados, um dos quais militante gay, e outros dois influenciáveis que não tinham qualquer compromisso com uma postura mais coerente ou mesmo conservadora e, por fim, o diretor do programa, cabeleireiros e maquiadores também homossexuais, estes últimos dizendo que queriam “entrar em cena e quebrar minha cara”. Esse foi o cenário armado para "debater" o tema.

Não tenho como nem quero fazer uma análise de todo o programa, apenas vou pontuar alguns posicionamentos para os quais precisei recorrer à alteração do tom de voz se quisesse concluir minhas respostas. Mesmo assim, o militante gay que polarizou o "debate" em vez de deixar os debatedores falarem por si mesmos, distorceu minhas falas, tirando de minhas afirmações as conclusões que eu mesmo não fiz. Isso ficará evidente quando o programa for ao ar.

1. A produção do programa manipula claramente a verdade. Foi convidado a estar do meu lado um "ex-gay". Mentira. Ao final do programa, o rapaz confessou-me “ter sido pago para estar ali mentindo”, pois a produção não conseguiu encontrar alguém recuperado de fato e que não fosse membro de alguma igreja, “para não ficar desigual”. Ora, vejam que honrada preocupação com o “equilíbrio do debate”.

2. Os debatedores, ambos despreparados, foram amparados pelo jurado militante, este sim engajado na causa gay. Os debatedores não tinham argumentos, não responderam às questões que levantei. A lésbica mentiu quando disse não ter tomado hormônio, contradizendo-se ao afirmar ter tomado anabolizante. Anabolizantes são hormônios! O travesti não pode defender-se quando afirmei sobre a vida miserável que levam os homossexuais que fazem programa para sobreviverem, flagrante confissão que de fato a condição em que vivem é uma situação deplorável, e que a Igreja pode ajudar a reverter. Também não puderam responder como, "por meios naturais", o travesti poderia constituir família, como disse “pensar em fazer um dia”. A adoção é uma situação que não se enquadra na questão que eu levantei, já que o ponto em questão era a constituição de família por meios naturais, não em situações de exceção.

3. O jurado militante distorceu minha fala em vários momentos, lamentavelmente quando:

a) disse que eu apelei ao falar somente sobre religião. Convidaram um pastor, mas não querem discutir o tema em bases religiosas! Há algo muito errado nisso. Durante todo o tempo procurei amparo no argumento da psicologia e, vez ou outra, na biologia (portanto, não fiei-me na discussão religiosa do tema), e

b) disse que “minha fala acrescenta mais culpa a quem está em casa”. Uma vez que a discussão girou em torno de argumentos da perspectiva da psicologia; uma vez que os homossexuais afirmam que a condição deles é natural e não comportamental e aprendida, não há como justificar qualquer culpa! A culpa, neste contexto, é elemento da religião que foi desconsiderada no “debate”. A acusação não procede.

Além do mais, por sugestão do mesmo jurado, o debate não se pautou pela religião. Assim, não pude esclarecer mais demoradamente que o papel da Igreja tem sido o de ajudar a qualquer pessoa, de qualquer grupo (de risco ou não) com algum transtorno ou desvio de comportamento, a realinhar sua vida, seus ideais, seus valores e seu comportamento.

Há dois mil anos a Igreja tem sido a principal aliada na recuperação de vidas e de famílias; sou exemplo vivo disso. Mas os resultados mais efetivos dessa recuperação acontecem na vida daqueles que se reconhecem necessitados de ajuda. Jesus disse que "os sãos não necessitam de médicos, mas os doentes".

A "mediadora" Thammy tem nisso a resposta de quando disse não ter obtido qualquer resultado quando se dispôs a ser ajudada pela Igreja. A igreja nunca foi um laboratório onde pessoas vão fazer suas experiências. Os resultados do relacionamento entre o cristão e Jesus se dão na base da fé e obediência, não do desafio e do confronto. E ainda, seu argumento de que "o pastor não a quis batizar" não encontra eco. Não há qualquer grupo sério que admita em seu meio aqueles que querem fazer sua afiliação ao seu próprio modo, ditando novas normas. Qualquer grupo, sociedade, clube ou religião tem as suas próprias regras, às quais aquele que faz o ingresso deve submeter-se. A Igreja primeiro orienta ao arrependimento seguido do batismo e sem arrependimento o batismo não tem qualquer função prática ou efetiva.

O programa deverá ir ao ar no dia 6 de janeiro de 2012, por volta das 20h15, salvo mudança na grade de programação. E desejo que de fato vá ao ar para que você que lê esse texto antecipadamente possa assisti-lo e verificar aquilo que chamamos "marmelada". Evidentemente há muitos outros pontos que passaram longe desse texto e outros que não irão ao ar.

Pessoalmente me sinto em paz e ainda mais após este texto. Embora o resultado tenha sido negativo pela opinião da platéia presente (houve votação sobre quem convenceu melhor), não avalio negativamente o que disse ou deixei de dizer. Senti paz com o meu Senhor, de quem também senti o amparo em todo o tempo e a quem oro a fim de não permitir que a mentira surta qualquer efeito negativo aos ouvidos e olhos de quem assistir ao programa.

Jesus libertou-me de mais de seis anos de dependência química, restaurou minha família e nossa dignidade. Eu não acordei um dia e disse: "Acho que vou ser usuário de drogas". As circunstâncias me levaram a decidir pelas drogas; foi opção minha. Aquele que pode libertar a todos quantos se aproximam Dele pode, do mesmo modo como libertou-me da dependência química, curar ainda hoje quem Dele necessita, inclusive do preconceito e a fobia contra a religião e em especial contra os evangélicos.

Siga-me no Tweeter: @magnopaganelli

Um comentário:

  1. Querido!

    Compartilho de sua indignação ao ver que a mídia de forma geral labutado por esta causa nada nobre. Talvez teria agido de maneira diferente da sua apenas em aceitar o convite, pois nao tenho esperança de que haja imparcialidade em um debate deste tipo. Grande abraço!

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