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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Os cultos nos lares e o crescimento da igreja

Quem não conhece alguém que tenha se convertido ao cristianismo num culto realizado no lar? Se você não conhecia alguém, devo apresentar-me, pois eu mesmo sou fruto de trabalhos em casas, os chamados “cultos nos lares”. O culto no lar difere do culto doméstico apenas no fato de que o doméstico é realizado pela própria família, ao passo que o culto no lar é um trabalho oficial da igreja, normalmente dirigido por um obreiro. Mas voltemos ao ponto.


Tive o privilégio de fazer a mesma pergunta a muitos pastores experientes, que iniciaram trabalhos em cidades pequenas, distantes dos grandes centros, e alguns até em grandes cidades. Hoje eles estão à frente de igrejas fortes e numerosas, mas nem sempre foi assim. E a pergunta, qual era?

― Como iniciar e fortalecer um trabalho onde não havia uma igreja antes?

A resposta foi unânime: visitas e cultos nos lares. Os modernos meios e métodos de crescimento de igrejas não contemplam mais esta alternativa. O foco hoje é a mídia, o espaço na televisão, a exposição do líder carismático, o investimento em comunicação visual à exemplo da comunicação corporativa e até mesmo as ferramentas da web, que convergem para o que se chama “igreja eletrônica”. Há, a bem da verdade, outros métodos mais acessíveis e de bons resultados, mas todos focados nos trabalhos feitos na igreja.

Talvez esses métodos sejam o meio ao alcance (não disse adequado) das mega-igrejas, mas é preciso pensar em um mecanismo que possa atender a igrejas de menor porte, e é aí que entram os cultos nos lares. Vejamos algumas vantagens e benefícios desses trabalhos:

― eles aproximam o pastor da ovelha
― abrem a porta para pessoas que não iriam à uma igreja por diversos motivos
― são facilitadores do acesso a visinhos, parentes, amigos e pessoas com deficiências físicas ou com problemas de saúde
― promovem maior liberdade, por deixar as pessoas nos seus ambientes seguros: o lar
― ajudam no desenvolvimento de talentos, pois as pessoas têm a oportunidade de participar mais ativamente
― promovem o exercício de dons espirituais
― promovem maior comunhão
― remove a falsa aparência das pessoas, mostrando quem são e como vivem
― ajuda a treinar novos obreiros, que podem ter oportunidades para pregar suas primeiras mensagens
― ajuda no desenvolvimento de cantores(as) e músicos
― por ser com número reduzido de pessoas, é possível orar pelos presentes de maneira mais pessoal
― facilita a maior comunhão entre os irmãos, sentados à roda de uma mesa, por exemplo
― é um ambiente terapêutico propício para a confissão de pecados e tratamentos dos mesmos, o que irá promover maior santidade
― atrai os adolescentes e jovens da comunidade
― promove a criação de uma rede de relacionamentos, o network
― leva a um estudo mais eficaz da Palavra de Deus, onde as dúvidas podem ser tiradas no momento da palavra etc.

Muitos outros benefícios poderiam ser listados aqui. Fato é que as pessoas que participam dos cultos nos lares certamente irão freqüentar a igreja nas suas reuniões oficiais, e serão cristãos mais fortes, maduros, experimentados. Novos membros serão pescados nos lares para depois serem admitidos na igreja local.

Além disso, os cultos nos lares são excelentes meios de levar a igreja para dentro da comunidade local, para apresentar o Evangelho a essa comunidade, para expor as propostas da igreja e assim cumprir parte da sua missão ou ao menos facilitar o cumprimento dessa missão. E como disse Bryan Jay Bost em seu livro “De casa em casa” (Vida Cristã/Arte Editorial), “a igreja precisa ir aonde as pessoas estão e as pessoas estão nas suas casas”. Pense a respeito.

Siga-me no Twitter: @magnopaganelli

3 comentários:

  1. Muito interessante.
    Triste é perceber que muitos tem ignorado esta ferramenta por não se preocupar verdadeiramente com o ser humano e com o crescimento saudável da igreja.

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  2. Parabéns por esta postagem uma visão que precisa ser levada a sério.Tenho boas recordações do culto no lar,todas as vantagens e benefícios desses trabalhos é real na vida e crescimento da Igreja.Que o Senhor desperte os líderes para esta grande obra que é uma benção na vida de Igreja.

    O Senhor derrame sobre ti toda sorte de benção...!

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  3. Prezado Paganelli, eu acho que boa parte da liderança atual soltaria um belo anátema para o seu texto, mas o que importa é que ele fala a verdade!

    Lhe convido para análise/comentários quando possível do meu novo post onde falo justamente do conceito de igreja.

    Abraços
    souteologico.blogspot.com

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